Mosteiro de Santa Maria de Coz: MONUMENTO NACIONAL
É com bastante prazer que partilho convosco a decisão tomada ontem em Conselho de Ministros, de classificar o Mosteiro de Coz como Monumento Nacional.
É o culminar de um longo processo que teve início na aquisição patrimonial, por parte do Município, das habitações agregadas ao Mosteiro e sua posterior demolição de modo a isolar e evidenciar a sua real dimensão e enquadramento paisagístico.
Em simultâneo, trabalhámos na elaboração do dossier de classificação a Monumento Nacional que entreguei em mão em 2016 ao então Ministro da Cultura, João Soares.
Desde então temos promovido o Mosteiro em diversas frentes locais, nacionais e internacionais, nomeadamente a sua inclusão, em 2016, na Carta Europeia de Abadias e Sítios Cistercienses, a mais importante entidade europeia de preservação do legado dos monges de Cister.
O reconhecimento da Nação da mais-valia do Mosteiro de Coz é uma vitória importante para a União de Freguesias de Coz, Alpedriz e Montes e para todo o concelho de Alcobaça o que nos deixa bastante satisfeitos e com um sentimento de dever cumprido.
Paulo Inácio Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça. 23/04/2021
A 10 km de Alcobaça situa-se Coz, uma das antigas povoações dos Coutos de Alcobaça, rodeada de férteis campos agrícolas e de antigas florestas. Aqui ganhou forma, no século XIII uma comunidade de religiosas cisterciense. Mulheres devotas que se auxiliavam nas múltiplas tarefas necessárias ao bom funcionamento deste Mosteiro. Por ali ficariam, até a extinção das ordens religiosas, na primeira metade do século XIX (1834).
No século XVI, o Mosteiro de Santa Maria de Coz tornou-se num dos mais ricos mosteiros femininos desta ordem, em Portugal. Com o seu esplendor artístico barroco, a igreja testemunha a riqueza dessa comunidade.
A igreja apresenta uma arquitetura exterior bastante austera, com linhas muito sóbrias. Do lado sul, destacam-se as estátuas de São Bento e de São Bernardo.
No seu interior Igreja e coro formam um só corpo, com um comprimento de 60 metros por 21 de largura. O teto é revestido por impressionantes caixotões de madeira pintados por Pedro Peixoto e datam do início do século XVIII.
As naves são divididas por uma grade de clausura de madeira lavrada e pintada a ouro. Do lado do coro, destaque para cadeiral das monjas, executado entre o final do século XVII e o início do XVIII que, no seu apogeu teve 106 cadeiras, hoje mantém apenas 92 lugares. Ao fundo, um belíssimo portal manuelino.
A igreja é, literalmente, um santuário ao barroco. Nela, evidenciam-se os vários altares de talha dourada de boa execução. É ainda de destacar o quadro “O Purgatório” de Josefa de Óbidos (1630-1684). Os revestimentos de azulejo da sacristia contêm cenas da vida de São Bernardo, o maior impulsionador da Ordem de Cister
Visitar Alcobaça implica também desfrutar deste magnífico tesouro arquitetónico, cuja igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1946. Vale a pena descobrir um património enquadrado numa atmosfera imemorial que sobrevive no bucolismo da paisagem rural envolvente.
A sua revitalização tem sido uma das prioridades da política municipal de promoção do património histórico do concelho de Alcobaça nos últimos anos através de:
-Aquisição patrimonial das habitações adjacentes e sua posterior demolição por forma a devolver o espaço original que o Mosteiro ocupava;
-Candidatura a Monumento Nacional submetida, em 2015, ao Ministério da Cultura, aguardando-se a classificação;
-Integração, em 2016, na Carta Europeia de Abadias e Sítios Cistercienses, que se destina a partilhar e promover o património e o legado europeu da Ordem de Cister;
– Promoção de eventos no espaço do Mosteiro (concertos do festival Cistermúsica, apresentação de livros, palestras, visitas guiadas);
-A reabertura ao público do Mosteiro, em 2016, estando o espaço a ser dinamizado pelo projeto social COZART que também revitaliza o artesanato local.
As entradas são gratuitas, mas recomenda-se marcação prévia. Após a visita acompanhada ao Mosteiro passe na loja do projeto COZART que mantém viva a tradição das “Cestas de Coz” que representam a ancestral arte artesanal de trabalhar o junco. Este projeto social aposta na preservação desta herança associando a tradição à inovação e ao design.
Elementos de interesse:
-Talha dourada da igreja;
-Porta Manuelina;
-Cadeiral das monjas;
-Revestimentos de azulejo.
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(atualização de informação: agosto de 2020)
MOSTEIRO DE COZ
COVID-19 | Novas regras para visitar o Mosteiro de Coz em segurança:
-Entrada gratuita;
-O uso de máscara é obrigatório assim como a higienização das mãos;
-Grupos: máximo de 6 pessoas;
-Mantenha a distância mínima de 2 metros lineares para qualquer outra pessoa que não seja sua convivente;
-O circuito de visita é condicionado, por razões de segurança;
-O período máximo de visita é de 40 minutos;
-Evite tocar nas superfícies;
-A admissão de visitantes ao monumento é condicionada pelo número de pessoas que se encontrem no seu interior;
-É reservado o direito de admissão a quem não cumprir as normas de segurança.
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MAIS INFORMAÇÕES E CONTACTOS:
HORÁRO (Reabertura 6 de abril de 2021)
Devido às restrições decretadas pelo governo no contexto da pandemia Covid-19 os horários e serviços podem sofrer alterações.
- 3ª a 6ª: 09h30-12h30 e 14h00-18h00
- Sábado:14h00-16h00;
- Encerrado ao domingo e à segunda-feira.
Receção no espaço COZART (antiga Adega das Monjas, junto ao Mosteiro).
Contactos:
COZART
E-mail: projeto.cozart@cbesfc.pt | Telefone +351 916 37 2131 / +351 969 64 2970
Turismo de Alcobaça
E-mail: turismo@cm-alcobaca.pt | Telefone: +351 924 032 615
Aberto ao público.
Visitas guiadas gratuitas.